Refletindo e iluminando palavras e sentimentos.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Olhares

Cada poema
Uma torrente de expressão
Único em folhas ao vento
Firme as agruras do tempo
Nu em águas de redenção.


Como fogo lento e sedento
Que queima as entranhas
As palavras urgem
Com sua fome estranha.


A boca saliva versos
Que escorrem a ermo
Pulsando, gemendo
Criando arvoredos.


Meus inflames
São nervuras em meu corpo
Escorrem seiva sussurrante
Versos marcados flamejantes
Ao ferro e ao fogo.


Minhas palavras
São só pedaços do meu sentir
Acordes da minha alma
Que insistem em sorrir.
®IatamyraRocha

Amo - Te verso [ Efêmero ] 




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Trovinhas laicas

Sobre o vinho e pão
Meros ícones da fé
Decoram lindo sermão
Só que não lavam o pé.


São lobos e cordeiros
Na igreja social
Explodem os mosteiros
Só pela "PAZ MUNDIAL".


Poder e religião
Álcool e gasolina
Estopim beija a mão
Explode na esquina.

O mundo só sonha
surgindo o Laico
Acaba a vergonha
Dentro dos olhos vagos.

O homem evolui
Com toda fé contrita
Dentro de si próprio
E não quebrando brita.
®IatamyraRocha

Versos Confessos

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Profana

As gotas de chuva compõem o cenário
E o verde que nos envolve
Cúmplices da lua
Que empresta a luz prata ao teu corpo
Mapeio teu infinito
Mergulho no teu abismo
E na seiva que pulsa da tua essência
Fazendo coro ao ritmo pulsante da minha pele
Molhada de teus açoites beijos
Que em sofreguidão lambem meus pensamentos
Profanando meu altar com sussurros longos
Que por si só unem a tua e a minha carne em laços santos
Com as minhas mãos decifro teus enigmas
E te faço me confiar teus segredos insanos
De luxuria e taças de sonhos
Nessa loucura de pernas,lábios e sexos
A metafísica se revela no meu corpo
Suado e mais sedento do teu gosto
Execrado e nu de pecados
Exilado da poesia barroca
Vertendo mel da seiva entre as minhas coxas.
®IatamyraRocha


Perfumes/Efêmero


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lua nua


Em negro o luar no cimo
Sentia em mim a prata ofuscada
Imersa em pensares que assino
Em páginas nuas e amareladas.

Ó lua de amores gentis
Prenda-me em teus sonhos longos
Escreve e chora em meus jardins
Todo o amor que sangro.

Empresta-me teu mistério sensual
Aos meus poemas em fogo
Tua luz que flutua no astral
As palavras um brilho novo.

Meus escritos sedentos te bebem
Com sofreguidão e anseios
Tuas águas prateadas vertem
Escorrendo teu mel em meus seios.

A noite tua nudez revela
Ora prata...Ora ouro
Os amantes em beijos te velam
Flutuando na luz de teus tesouros.

Nessa lua que satisfaz os poetas
Toda a beleza que ao dia se esvai
Deixando uma saudade secreta
E um gosto cálido de paz.
®IatamyraRocha 

Retratos/Palavras ao Vento 

 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Orvalhos


Primeiro foi a luz
Que descortinava teus olhos
Depois veio o silêncio
Que ecoava teu canto
Sem eu perceber chegou o mar
Que tempestuava teus cabelos
Desvendava todos os teus mantos
Vi-me nua dos meus sentidos
Absorta em teus detalhes
Suando minhas mãos
Orvalhando em meus entalhes
Só e imersa nesse torpor
Bebendo meu cio
Ardendo minha poesia
Em flor.
®IatamyraRocha


Cotidiano/Blog Efêmero




quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ondas/Despetálas























Como o ar balança os galhos
As palavras se acomodam
Em rios de versos e prosas
Molhando a tela de orvalhos.


Para um poema perfeito
Só a imperfeição lhe cabe
Pois no coração que arde
Por si só o poema é aceito.


Como o mar dança com as ondas
Os versos se refazem
Colorem luz e sombras
Onde nas ondas,jazem.
®IatamyraRocha