Refletindo e iluminando palavras e sentimentos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desejos de ano novo


Da terra escrevo céus
Azuis imaginários
Estrelas incandescentes
Pássaros de todas as cores.


Asas do vento
Levam os desejos
Poemas leves
Sonhos refeitos.


Abraços apertados
Beijos de nuvens
Pedrinhas do caminho
Marcando páginas.


São céus amaciados
Acarinhados por versos
Calendários banhados
Pelo mar do universo.


Somos partículas
Átomos do tempo
Pensamentos fragmentados
Pela ação do vento.


Saúde, paz e felicidade
São desejos pelo mundo
Movem a humanidade
Para o amor puro e profundo.


Que nasça um novo amanhecer
Iluminando os corações
Anunciando nova terra
Harmonizando céus.
-Iatamyra Rocha


''Feliz 2012 meus amores"







sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Antologia de poesias "ControVersos"

É com grande alegria que registro aqui no blog minha participação no prémio literário Mar de Letras da editora Sapere / RJ Brasil, que reune  poesias de poetas brasileiros, portugueses e moçambicanos.

Espero e essa antologia seja a primeira de muitas que ainda virei a participar,bem como que ela possa abrir portas literárias para futuros lançamentos.

E disse Drummond :

   "Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
    Estão paralizados,mas não há desespero,há calma e frescura na superficie intacta.
    Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
    Convive com teus poemas antes de escrevê-los."
E aqui estou habitando-os e sendo habitada - Transbordada.
Abraços poéticos.
Iatamyra Rocha

Link para a aquisição do livro "ControVersos". 

ControVersos / Publicação digital 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Oração de quem ama


Rezo e rezo
Pela madrugada
Versos tão teus
Habitam minha casa.


Põem a mesa
Com teu sexo latente
O cheiro do teu perfume
E meu corpo inconsequente.


Entram na sala
Jogam-me no sofá
O universo se cala
Sou o teu altar.


Passeiam pelos moveis
Em loucos movimentos
Anjos imóveis
Guardam o templo.


Chegam à cama
Despidos de saudades
Oração de quem ama
São versos de milagres.
®IatamyraRocha


Movimento / Efêmero


Fluindo / Palavras ao vento










domingo, 4 de setembro de 2011

Campo dos sonhos

Encontrei-te sorrindo
Envolto de desejo
Com a noite florindo
Cobri-te de beijos.

Explorei teu corpo
Suspirando pelo caminho
Sentindo tuas mãos de fogo
Rendendo-me ao teu carinho.

Paredes translúcidas de luar
A música inundando janelas
Não quero parar de sonhar
Sou partitura e aquarelas.

Na pele só você
Quero habitar nos teus poros
Morrer de amor e prazer
Até um novo sonho florescer.
®IatamyraRocha

Imensidão / Efêmero


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Gravitacional

Se eu pudesse voaria
Tenho sede de infinito
O desejo vem na ponta da língua
Salivando versos que só meus olhos vêem
Bem do alto de uma nuvem cor de rosa
Eu e minha poesia viramos refém.

Imagino lirismo doce
Antítese da tempestade que chega
Tempestuando meus cabelos
Ora adornados com flores e fados
Por algum pássaro branco cantante
Vindo de alguma terra distante.

Ainda que pudesse
Recontruía minha asas imaginarias
Que a razão por algum motivo ou distração
Esqueceu presa no gelo do meu inverno
Ou na mudança da estação
Derreteu frente a algum inferno.

Colaria cada suspiro meu
Aos beijos dados sem culpa
Emendaria minhas asas as das fadas
E voaria sentindo o coração me invadindo
Exaurindo toda e qualquer dor
Seria eu voando vestida só de amor.

Uma vez no alto
Sorriria aquele sorriso
Confessado no céu da nossa cama
Bebido por você com os olhos
Indagando se é tua aquela chama
Julgada junto com as minhas asas
Poeticamente imaginadas.
®IatamyraRocha

Só para poetar - Te amo / Efêmero

terça-feira, 7 de junho de 2011

Parede virtual

Gosto de estar aqui
Coberta do nada
Nesse ócio
Divórcio
Foto amarelada.



Assim seja
Um amém perpetuado
Sacras palavras
Indizíveis
Versos amarrotados.


Escrever
Tecer, sonhar, crer
Procurar unir[versos]
Que dentro de mim
Enfim amanheçam.


Eu gosto
Do sentimento que nutre
Alimenta meu vazio
Arrepio cult
Amor que desce o rio.


Gosto
Desse instinto revelado
Foto transgressora
Onde cores desbotam
Do meu passado regrado.


Sou verbo transitório
Masoquismo ilusório
Livro solícito
Parede branca
Onde rabisco meus riscos.
®IatamyraRocha


A imortal Diva Cunha ! / Blog Efêmero


Carta para mim / Blog Palavras ao vento









segunda-feira, 30 de maio de 2011

Guinza flor

Saudades do sake
E da proximidade do mar
Da intimidade das mãos
Do verso dito inteiro.


Dessa palha que arrudeia
Imola as xananas
Ikebanas silênciosas
Profanas.


Da descoberta do tudo
Ao nada que prende aneis
Do desejo na língua
Com gosto oriental.


Nem sei se é saudade
Certeza é coisa frágil
Gelo na boca
Que derrete até metal.
®IatamyraRocha


Oração / Efêmero



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Desalinho

Muitas horas
Telas, sons, cores
Olfato, visão, amores
E o relógio ali pra mim
Pisca, corre, olha
Avisa-me sem demora
Vira minha página em branco
E eu com sede
Lambo as gotas que caem
Todas têm gostos diferentes
Não encaixam
Não me sentem
Embaralham minhas cartas
Que não marcadas perdem o jogo
Cheiro na memória o cigarro
Que gostei naquele beijo
E no meio da fumaça
Viajo a tua casa
Toco no teu desejo
Deixo-me preencher
Prazer que flui na mente
Palavras indecentes
Sexo e rock and roll
Gosto amargo no corpo
Vazio
Trave sem gol
Escapo desse pensamento
Fujo para não morrer
Umedeço meu poema
Sinto de novo você
Sem cigarros ou vazios
Só minha inspiração torta
Fingindo-se de morta
Em total desalinho.
®IatamyraRocha
Greve e copa / Palavras ao Vento

domingo, 15 de maio de 2011

Natureza

Sou noite chuvosa
Liquida
Pingando estrelas
Se teu luar vem.

Recito teu corpo
Versejante
Perco-me no infinito
Sou céu e além.

Domino raios
Trovejo
Sossego cometas
Com beijos e amém.

Sou natureza
Pulsante
Gravidade constante
Sou todo teu harém.
®IatamyraRocha

Pulsação / Palavras ao vento 

Meus rios / Anauê 



 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meus serenos

Cai o tempo em muitas bandeiras
Cores que entrelaçam em línguas
Pensamentos dispersos em nuvens
Fragmentos do mundo interior.


Minha língua se desdobra
No meu peito uma canção
Um toque no verso apenas
E desenho flores no chão.


Leio meus pedaços inteiros
Momentos repartidos
Gosto de chá das cinco
Bebo em goles de temperança.


Esqueço naufrágios
Olho o mar dentro de mim
Ondas me movem
Bailam-me aqui e ali.


No badalar da noite
Sinos, hinos, peregrinos
Capelas descobertas
Luares que me banham.


Versos pousam
Libélulas encrespadas
Recriam meu peito
Retiram muitas espadas.


Sinto o vento me chamar
Soprando na língua dos anjos
Ou são apenas meus serenos
Que querem me habitar.
®IatamyraRocha

Flores roxas / Efêmero 


terça-feira, 19 de abril de 2011

Versos puros/ Maktub

Uma nostalgia me invade os versos
Cheiro das manhãs em caldas
Docinhas e lindamente jovens
Sorrisos nos cantos e olhos timidos
Amor de caixinha de música.


Tempo que revivo hoje
Cantando as marcas e os beijos
A praça encoberta de mato
Os livros sempre escondendo os seios
O gosto roubado da tua língua.


Gestos e toques imaculados
Uma lagoa azul dentro do meu tempo
Impulsos e hormônios tecidos com as tarde
Descobertas despertas com gosto de inocência
Amor puro que brota da essência.


Tento ficar sem lágrimas
Sinto o ar puro de uma pureza passada
Lembranças hoje amarrotadas
Caminhos e vidas para sempre unidas
Dentro de olhares que nos esperam por porto.


Estava escrito nas estrelas
Todos os versos puros
Desenhados em nosso peito
Em um só ícone de amor
Que nenhuma tempestade apagou.


Naquele final de tarde
Em que te encontrei no altar
No brilho dos nossos olhos
Toda a verdade abençoada
E no curso das nossas águas
Nosso amor sempre a aflorar.
®IatamyraRocha


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Poesia insolente/Fechaduras

Alguém me diz,
De que é feito o verso?
Se de alma ou perfeição?
No meu universo
Só uso o coração.


Alguém me diz,
Se poesia tem raiz ?
A minha flutua insolente
De santa na cruz
A meretriz penitente!
®IatamyraRocha




Não devolvo
O brilho nos meus olhos, que você me deu
O gosto do teu beijo, que já me pertenceu
O cheiro do novo, que o tempo corroeu
Guardo tudo em minha gavetas
Sem fechaduras.
®IatamyraRocha

Textos escritos e publicados por mim Iatamyra Rocha na minha page no Facebook.





terça-feira, 5 de abril de 2011

Guardados

Fecho as cortinas
meu corpo santo
Minhas presilhas.


Minhas águas cálidas
Meu ventre
As palavras pálidas.


Tranco meu amor
Meu infinito
Guardo a dor.


Minha pele confusa
Meus passos ermos
A febre que pulsa.


O tempo de te ver
A cama perfumada
Meu gosto em você.

Fecho, guardo, tranco
Teus nós e elos
Só por enquanto.
®IatamyraRocha


Texto escrito e publicado por mim Iatamyra Rocha no ebook Nuances Poéticos, visualização e download aqui mesmo no blog Prisma.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Canto das pedras

Ouço pedras
Que cantam sonhos
Em suas formas dissonantes
Gritantes e angustiantes.

Liberam seu peso
Enquanto mar
Adicionando areia
Ao seu arenoso sonhar.

Oram e oram ao tempo
No relento ao vento
Na sua eternidade de pedra.

Indiferentes ao mundo
E seus ardores laços
A pedra ao fundo
Só se rende em pedaços.

Fragmentos soltos
Que coabitam a era
Separando canteiros
Cantando primaveras.

Igual a poesia
Que pesada no peito
Transborda beleza
Enfeitando a elegia.

Pedra e melancolia
Que brotam do vento
Tocam os céus
Vestem nuvens
E viram pó.

E o vento vem
E a água leva
Transformam pedras.


Nascem em livres cachoeiras
Que vertem vida
Perdidas entre pedras
águas adormecidas.


Árias áridas
Imóveis moinhos
Matérias cálidas
Eternos caminhos.


Ouço pedras
Quando deito e ao acordar
Que renovam o leito
Do meu rio que corre pro o mar.
®IatamyraRocha

Silêncios / Efêmero 
Transparências / Palavras ao vento