Refletindo e iluminando palavras e sentimentos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meus serenos

Cai o tempo em muitas bandeiras
Cores que entrelaçam em línguas
Pensamentos dispersos em nuvens
Fragmentos do mundo interior.


Minha língua se desdobra
No meu peito uma canção
Um toque no verso apenas
E desenho flores no chão.


Leio meus pedaços inteiros
Momentos repartidos
Gosto de chá das cinco
Bebo em goles de temperança.


Esqueço naufrágios
Olho o mar dentro de mim
Ondas me movem
Bailam-me aqui e ali.


No badalar da noite
Sinos, hinos, peregrinos
Capelas descobertas
Luares que me banham.


Versos pousam
Libélulas encrespadas
Recriam meu peito
Retiram muitas espadas.


Sinto o vento me chamar
Soprando na língua dos anjos
Ou são apenas meus serenos
Que querem me habitar.
®IatamyraRocha

Flores roxas / Efêmero 


terça-feira, 19 de abril de 2011

Versos puros/ Maktub

Uma nostalgia me invade os versos
Cheiro das manhãs em caldas
Docinhas e lindamente jovens
Sorrisos nos cantos e olhos timidos
Amor de caixinha de música.


Tempo que revivo hoje
Cantando as marcas e os beijos
A praça encoberta de mato
Os livros sempre escondendo os seios
O gosto roubado da tua língua.


Gestos e toques imaculados
Uma lagoa azul dentro do meu tempo
Impulsos e hormônios tecidos com as tarde
Descobertas despertas com gosto de inocência
Amor puro que brota da essência.


Tento ficar sem lágrimas
Sinto o ar puro de uma pureza passada
Lembranças hoje amarrotadas
Caminhos e vidas para sempre unidas
Dentro de olhares que nos esperam por porto.


Estava escrito nas estrelas
Todos os versos puros
Desenhados em nosso peito
Em um só ícone de amor
Que nenhuma tempestade apagou.


Naquele final de tarde
Em que te encontrei no altar
No brilho dos nossos olhos
Toda a verdade abençoada
E no curso das nossas águas
Nosso amor sempre a aflorar.
®IatamyraRocha


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Poesia insolente/Fechaduras

Alguém me diz,
De que é feito o verso?
Se de alma ou perfeição?
No meu universo
Só uso o coração.


Alguém me diz,
Se poesia tem raiz ?
A minha flutua insolente
De santa na cruz
A meretriz penitente!
®IatamyraRocha




Não devolvo
O brilho nos meus olhos, que você me deu
O gosto do teu beijo, que já me pertenceu
O cheiro do novo, que o tempo corroeu
Guardo tudo em minha gavetas
Sem fechaduras.
®IatamyraRocha

Textos escritos e publicados por mim Iatamyra Rocha na minha page no Facebook.





terça-feira, 5 de abril de 2011

Guardados

Fecho as cortinas
meu corpo santo
Minhas presilhas.


Minhas águas cálidas
Meu ventre
As palavras pálidas.


Tranco meu amor
Meu infinito
Guardo a dor.


Minha pele confusa
Meus passos ermos
A febre que pulsa.


O tempo de te ver
A cama perfumada
Meu gosto em você.

Fecho, guardo, tranco
Teus nós e elos
Só por enquanto.
®IatamyraRocha


Texto escrito e publicado por mim Iatamyra Rocha no ebook Nuances Poéticos, visualização e download aqui mesmo no blog Prisma.